quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Nossa Lua


Perdido eu fico procurando a lua, que se esconde de nós nesta noite quente a beira mar.
Como criança eu fico imaginando a mesma lua a brilhar diante de nossos olhos, na intenção de ter algo para admirar. Criamos mil versões da mesma lua a cada ponto de luz no céu escuro. Pergunto-me: onde foi parar o bendito astro que surge nas noites de céu limpo e que ilumina o coração dos casais apaixonados?
Cansei de procurar, devo mais é me deliciar com teus beijos e proteger-te com meu abraço quente e aconchegante.
Sem pensar no resto do mundo faço a noite se estender num simples banco de praça. Não há ninguém que se oponha a tamanha paixão que toma nossos corações juvenis. Se eu pergunto pra onde vamos, tu me respondes “estou com você”. Um sorriso despretensioso surge em meus lábios como se pedisse um beijo para selar o momento, que não fora o único digno deste mesmo sorriso nesta noite.
Ainda faltava alguma coisa. Faltava a lua, que teimava em se esconder de nós como brincadeira de criança. E digo mais, digo que superamos a lua meu bem. Olhe para nós, nossos olhares brilham de felicidade. A proposito, nós tanto que procuramos a lua que lá estava por trás de nós nos admirando secretamente à distância. Quem sabe até nos invejando, pois fomos o brilho mais intenso desta noite.
Em alguma crença ela há de ter o poder de nos abençoar e ainda dizer “diante dos meus olhos vi brilho mais bonito que o meu. Se estava para nascer algo mais bonito, já não esta mais”.
João Paulo de Mesquita.

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