Certo dia me peguei lendo um livro diferente pra mim. Um romance espírita psicografado.
Folhando as páginas tive o entendimento superficial do assunto. Entendi mais ou menos que, há um outro plano, ou uma outra dimensão onde, existem espíritos que intercedem, ou não por nós. Além do fato de um ser sensível que consegue ver e sentir a presença desses espíritos, o famoso: médium.
Onde quero chegar com isso? Bem, passando pela rua me deparei com um morador de rua. Vi claramente suas dificuldades, sua situação e etc. Me senti como um desses médiuns,
A comparação a grosso modo pode ser pífia, mas faz algum sentido, ao menos pra mim.
Olhando por um outro ponto de vista a vida de um morador de rua perante ao restante da sociedade, vejo uma sociedade invisível, obsoleta, eu diria. A aérea urbana é cheia de moradores de rua que vão e vem e poucos são notáveis olho nu.
Como espíritos em uma outra dimensão, eles vagam por ruas e praças da grande capital do Rio de Janeiro. Sem escolher lugar para dormir, comer e outras necessidades básicas. Vivem sem se importar com nada, buscando possível do bem estar. Seguem com suas aflições diárias, dores, dias de fome e a má compreensão daqueles que tem o feeling para com a situação.
Assim como os leigos na crença espírita, o que enxergam sentem medo. O prejulgamento desumano feito por quem não vê com sensibilidade a situação do próximo gera receio por ver ou estar próximo de um morador de rua. - Até que seja uma viagem absurda da minha parte, mas fez sentido entre acreditar e entender existe uma lacuna. A semelhança é notória no meu ponto de vista.
Ainda que obsoletos da sociedade visível, há quem ainda tenha forças para sorrir, enxergando o mundo de uma dimensão invisível ao olhos mais insensíveis. A cada banco de praça você pode estar acompanhado por alguém de outro mundo. Que passa por necessidades que talvez você sequer imagine como seja viver. Portanto, um pouco de sensibilidade não faz tão mal assim a ninguém. É preciso ser solidário a quem precisa.
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